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Economia

Compras da rede de distribuição de aço caem 6,8% em agosto, diz Inda

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ESTADÃO CONTEÚDO

As compras da rede de distribuição de aço em agosto caíram 6,8% em relação ao mesmo período do ano passado para 279,7 mil toneladas, de acordo com dados do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda). Em relação ao período imediatamente anterior, houve aumento de 1,1%.

Já as vendas dos distribuidores registraram queda de 6,4% em agosto na relação anual, para 280 mil toneladas. Ante julho, foi registrada queda de 2,8%.

Com isso, o estoque de aço detido pela rede atingiu 762,5 mil toneladas em agosto, estável em relação ao mês imediatamente anterior. O giro de estoques foi a 2,7 meses, ante 2,6 meses em julho.

As importações de aço caíram 9,5% mês passado, para 89,8 mil toneladas, segundo dados do Inda. Ante julho, houve recuo de 7,6%. Para setembro, a previsão da entidade prevê volumes de compras e vendas pela rede estáveis em relação a agosto.

Previsões

A previsão de crescimento da venda de aço neste ano pela rede de distribuição caiu pela metade, de 10% para 5%, segundo divulgou o Inda. De janeiro a agosto as vendas aumentaram 5,7% em relação ao ano passado.

O presidente do Inda, Carlos Loureiro, afirmou que ainda não observa melhora dos níveis de investimento no Brasil dada a elevada capacidade ociosa do setor industrial. “A demanda é puxada mesmo pela infraestrutura”, disse.

Por outro lado, a melhoria da construção civil, com os lançamentos que começam a surgir, deve começar a demandar aço no médio prazo. Uma melhoria do setor, contudo, é apenas prevista a partir do segundo trimestre do ano que vem, com alguma melhora dos investimentos no mercado interno.

Realinhamento de preços

As siderúrgicas brasileiras Gerdau, CSN e Usiminas já anunciaram um “realinhamento” de preços para a rede de distribuição em torno de 10% que deve entrar em vigor a partir da primeira semana de outubro, disse Loureiro. O anúncio da ArcelorMittal é aguardado para esta terça-feira, disse o executivo.

Segundo ele, esse ajuste vem sendo classificado como um “realinhamento” porque, na prática, é uma nova tentativa de reajuste, visto que o aumento anunciado para julho pelas usinas não foi implementado.

O executivo disse ainda que esse aumento ocorre na esteira da valorização do dólar em relação ao real, fato que levou o prêmio do aço nacional em relação ao importado ficar negativo em cerca de 10%.

Jornalista e editor dos sites Da Redação, Front Pages News e Cura Plena. Escritor do 'Museu da Notícia' e 'Quer um conselho?'.

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