Ano de Copa do Mundo, mas nem todos brasileiros vão usar a camisa da Seleção

A polaridade política tem deixado preocupados gigantes como Nike e Ambev. Simples: ano de Copa do Mundo e o patriotismo pode significar apoio à reeleição de Jair Bolsonaro (PL) – quem mantêm uma bandeira do Brasil hoje na janela do apartamento dificilmente não é apoiador do presidente. A campanha publicitária da cervejaria não usa nem meias palavras para tentar contornar uma possível queda no consumo do ‘manto’ e, logo, do não acontecimento da reunião dos amigos, com bebidas: ‘Independente das nossas diferenças fora de campo, chegou a hora de lembrar o significado original da nossa camisa’.

Faz sentido. Porque de fato o símbolo nacional não teria lado, mas a direita conseguiu alça-la como uniforme de maneira única.

Para quem abomina ‘tudo isso que está aí’, mesmo apaixonado pelo futebol e comovido com os jogadores canarinhos abocanhando bons resultados, usar a camisa pode ser uma traição – de lesa-pátria – com a própria alma.