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Coluna Daniel Polcaro

A ‘sorte’ de Zema e os dilemas eleitorais de Kalil

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As pesquisas mostram que o eleitor mineiro de Jair Bolsonaro (PL) já emplaca o ‘voto útil’ em Romeu Zema (Novo), que tem grande chance de ser eleito no primeiro turno. Mas quando os levantamentos citam o apoio de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ex-prefeito de Belo Horizonte e do Atlético Mineiro, Alexandre Kalil (PSD,) ele passa Zema de acordo com o Instituto F5 (42,6% a 33,1% – números divulgados neste sábado, 20, pelo Estado de Minas). Mas a grande realidade é que não há tempo para essa associação em massa e o outro agravante é o fator futebolístico.

Enquanto na Grande Belo Horizonte Kalil tem aprovação relevante – foi reeleito prefeito no primeiro turno -, cruzeirenses do interior ainda possuem a visão no mínimo indelicada que ele sempre teve com o clube. São inúmeros vídeos que, se resgatados, vão atrapalhar ainda mais. Sem a ida de Zema aos debates, o midiático Kalil não tem espaço para abocanhar mais eleitores e a vitória em primeiro turno vai sendo considerada mais certa.

E mesmo se imaginarmos um cenário sem amparo de números de pesquisas, que obviamente podem falhar e não apontar o resultado exato das urnas, é preciso levar em conta que Romeu Zema ‘regularizou’ o pagamento de salário de todos os servidores estaduais. Kalil tem razão que isso não é ‘plano de governo’, mas faz diferença para número considerável de famílias das regiões mais pobres e mais ricas do segundo colégio eleitoral do Brasil.

Jornalista e editor dos sites Da Redação, Front Pages News e Cura Plena. Escritor do 'Museu da Notícia' e 'Quer um conselho?'.

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