A estiagem provocou, mais uma vez, falta d’água em diversos bairros da cidade. O sistema de abastecimento sofre com a escassez e o reflexo é nível baixo em todos os 60 reservatórios em Itabira.
Enquanto as chuvas não chegam, o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Itabira trabalha com medidas paliativas para minimizar o problema, aliadas ao uso consciente. “A cidade inteira está sem água e não tem outro caminho a não ser economizar. O que o Saae pode fazer e faz é trabalhar com dois reforços na captação, um na ETA (Estação de Tratamento de Água) Gatos e outro na Pureza. Colocamos geradores a diesel com motobombas grandes em outros ribeirões, que normalmente não usamos, para tirar água e abastecer as ETAs. Fora isso, contamos com a chuva e o uso moderado”, reforçou Leonardo Ferreira Lopes, diretor-presidente da autarquia.
Ainda segundo ele, neste período o Saae realiza “manobras” para que todos os bairros recebam água regularmente, ou seja, liberando vazões por partes. “Ora para alguns bairros, ora alimentando outros. De tal forma que todos consigam ter água”, ressaltou Leonardo Lopes.
Solução
Para superar o baixo volume de água nos mananciais, já está em andamento o projeto implantado pelo Governo Municipal para resolver o abastecimento da cidade: construção do anel hidráulico para interligar os sistemas Gatos, Pureza, Três Fontes, Areão e Rio de Peixe; duplicação da ETA Gatos, que injetará mais 100 litros de água por segundo (l/s) na produção e a parceria público-privada (PPP) da ETA Rio Tanque.
“Infelizmente a escassez de água é tradicional em Itabira. Há mais de 25 anos, isso é uma página que o atual governo está trabalhando para virar. Estas três ações, em conjunto, garantirão o fim da falta d’água que se arrasta ao longo dos anos e que são intensas nos meses de agosto, setembro e outubro”, ressaltou Leonardo Lopes.
De acordo com todos os estudos técnicos realizados, o projeto da ETA Rio Tanque é a única solução a longo prazo para o abastecimento municipal, já que serão acrescentados 200 l/s ao volume existente. Este aumento garantirá a estabilidade de água, para toda a cidade, pelos próximos 30 anos.
“É o único caminho para a solução. Precisamos buscar a água do rio Tanque, que está há 21 quilômetros da nossa cidade. É uma obra em torno dos R$ 60 milhões, recurso que o Município não dispõe. Estamos buscando investimentos privados para executar a obra e o processo segue em licitação”, finalizou o diretor-presidente.