Contra impeachment de Bolsonaro, Arthur Lira articula ‘primeiro-ministro’

Cerimônia de posse do ministro das Comunicações, Fábio Farias, no Palácio do Planalto com a presença de ministros e convidados, entre eles Paulo Guedes, Luis Eduardo Ramos, Braga Neto, Augusto Heleno, Dia Toffoli (STF), João Noronha (STJ) Sérgio Lima/Poder360 17.06.2020

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado do presidente Jair Bolsonaro, segura 126 pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo e tem articulado nos bastidores uma emenda à Constituição que abriria espaço para um ‘primeiro-ministro’ no sistema eleitoral brasileiro. Em caso crise, não se trocaria o presidente, e sim o primeiro-ministro, em 48 horas, sem os traumas de um impeachment.

Entretanto, a proposta está longe de um consenso.

‘Eu não posso fazer esse impeachment sozinho. Erra quem pensa que essa responsabilidade é só minha. Ela é uma somatória de características que não se configuram. Dito por mim, pelo presidente ACM Neto, pelo ministro Gilmar Mendes, para citar alguns. Então, temos que nos acostumar a ter um processo democrático. Nós defendemos eleições em 2022. Daí a possibilidade, muito bem aceita, de votar um semipresidencialismo em 2026, com uma forma de você estabilizar mais o processo político no congresso nacional’, afirmou.

Daniel Polcaro: Jornalista e editor dos sites Da Redação, Front Pages News e Cura Plena. Escritor do 'Museu da Notícia' e 'Quer um conselho?'.