‘Nunca nos sentimos ameaçadas no supermercado. Nunca ofendemos ninguém. Íamos lá, brincávamos com o pessoal, comprávamos uma carne para assar. Nunca ninguém nos ameaçou. Várias moças do caixa conheciam ele, acredito que até esses covardes o conheciam. Nós, que somos classe trabalhadora e pobre, vemos o racismo todos os dias. Meu filho foi morto por isso. Quando cheguei, ele já estava no chão do estacionamento. Meu coração ficou dilacerado’.
O depoimento do pai de João Alberto, morto em unidade do Carrefour de Porto Alegre na noite de quinta, 20, ao Zero Hora, revela a proximidade da família com os funcionários da loja, que fica a 400 metros da casa de João Alberto.
Beto tinha ido com a esposa, Milena Borges Alves, naquela noite para comprar ingredientes para o jantar do casal.