Dez milhões e meio. Esse é o número de profissionais ligados à tecnologia que precisam ser qualificados para trabalhar na indústria brasileira até 2023. Os dados do Mapa Industrial do Trabalho, publicado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), apontam que a maior demanda será por qualificação de trabalhadores que já estão empregados e, em menor parcela (22%), capacitação para quem ainda vai ingressar no mercado de trabalho. O estudo também prevê que as vagas disponíveis aumentarão em 22,4% no mesmo período.
“Nós percebemos as mudanças no mercado de trabalho quase em tempo real, e elas impactam diretamente o meio acadêmico. Usamos a experiência dos estudantes que estão fazendo segunda graduação e de nossos professores ‘recém-chegados’ para avaliar o que está sendo exigido dos profissionais. Assim podemos repensar constantemente nosso perfil formativo”, diz o coordenador de Engenharia da Computação do Centro Universitário Internacional Uninter, Frank Alcantara.
Como exemplo, o professor assinala duas disciplinas que são oferecidas na instituição: Computação Quântica e Inteligência Artificial, além de conteúdos sobre internet das coisas e indústria 4.0. “Em especial na disciplina de Computação Quântica, estamos antecipando uma necessidade que o mercado terá em quatro ou cinco anos. É preciso ficar de olho no futuro”, defende.
As tecnologias também podem ser usadas para modernizar a própria educação. Com a popularização do ensino a distância, a tecnologia de realidade virtual, por exemplo, leva experiências imersivas aos estudantes que estão longe. “Nós já estamos desenvolvendo um laboratório em realidade virtual, no qual os estudantes poderão realizar experimentos. Também estamos planejando um tutor inteligente, usando inteligência artificial, que vai guiar os estudantes, adaptando a rota de aprendizagem de cada um”, conta.