A falta de sintonia entre Bolsonaro e o vice, general Hamilton Mourão (PRTB), ficou evidente em entrevista do presidente à Rádio Arapuan, de João Pessoa (PB), nesta segunda-feira, 26. ‘Foi um nome escolhido meio a toque de caixa. Ele faz o trabalho dele. Por vezes, aqui, atrapalha um pouco. É que nem o cunhado. Você casa e tem que aturar o cunhado do seu lado. Não pode mandar o cunhado embora’.
‘A escolha do vice foi muito em cima da hora. Como foi na composição das bancadas (para a Câmara). Muitos parlamentares depois de ganharem a eleição usando nosso nome se tornaram verdadeiros inimigos. Não quero mais esse problema, caso venha a ser candidato. O vice é importantíssimo para agregar simpatias. Alguns falaram que poderia ser alguém do Nordeste, ou uma mulher. Alguém com perfil mais agregador’.
‘Se algo está dando errado no governo, a crítica vem para cima de mim. Algumas coisas eu mando e eles têm que obedecer. Tem regra, tem hierarquia. Mas a grande parte (dos ministros) tem liberdade para tocar seus projetos em frente. O Queiroga tem se saído muito bem e 90% do que ele faz estou de acordo. Deu prosseguimento a grande parte do que fazia o general Pazuello, que fez um trabalho fantástico na Saúde’.