As micro e pequenas empresas da cadeia do turismo já podem obter crédito com custo mais acessível. As operações do BDMG com recursos do Fundo Geral do Turismo (Fungetur), antes focadas em projetos específicos e aquisição de equipamentos, agora poderão ter outra finalidade: capital de giro. Trata-se do Fungetur Giro, nova linha de crédito do BDMG com taxas inferiores a 1% ao mês.
A oferta é considerada significativa, pois apresenta taxas com valores abaixo da média do mercado para esta modalidade. O limite de crédito é de R$ 480 mil, com pagamento em até 48 parcelas, com seis meses de carência.
O número de etapas para a liberação dos financiamentos também será menor. Para ter acesso aos recursos, a empresa precisa ter faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, estar em operação há pelo menos seis meses e ser inscrita no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) – o que pode ser feito gratuitamente pelo próprio empresário na página do Ministério do Turismo.
O ramo de atuação das empresas que podem acessar o Fungetur Giro é amplo. Podem solicitar o crédito empresas pertencentes a um dos 92 códigos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) pré-determinados pelo fundo, todos relacionados à cadeia econômica do turismo. As classificações vão desde empresas de hospedagens, bares e restaurantes, transporte e agências de turismo, até negócios de produções artísticas, de teatro e dança, animação de festas, infraestrutura de eventos e aluguel de equipamentos.
“Apoiar a cadeia do turismo é um vetor fundamental para a diversificação da matriz econômica de Minas Gerais. Nesse contexto, o BDMG se empenhou junto aos administradores do Fungetur para ampliar a abrangência da linha de crédito, possibilitando um aumento do volume de investimentos na área, com impacto positivo na renda e no desenvolvimento de centenas de cidades”, diz Sergio Gusmão, presidente do BDMG.
Histórico
Desde que começou a operar, o Fungetur, em dezembro de 2017, o BDMG firmou contratos por meio do fundo que destinaram R$ 23,8 milhões para o fomento de atividades turísticas em Minas Gerais, como aquisição de máquinas e equipamentos e projetos de ampliação e reforma de empreendimentos.
“A ampliação para uso, agora em capital de giro, dá ao micro e pequeno empresário maior liberdade na aplicação dos recursos em seu empreendimento. O Fungetur passa a ser também mais uma opção dentro das várias linhas operadas pelo BDMG destinadas para micro e pequenas empresas”, complementa Sergio Gusmão.
Setor
A Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult) estima que o setor de turismo tenha movimentado, em Minas, R$ 18,2 bilhões (valor nominal) em 2018, com um fluxo de 27 milhões de pessoas, 60% do próprio estado. Ainda de acordo com a pasta, o estado recebeu, no ano passado, 81.850 turistas estrangeiros.
Ao todo, Minas Gerais possui mais de 60 mil estabelecimentos ligados às atividades turísticas, segundo a Secult. O setor gera 975 mil postos de trabalho em território mineiro.