O adido do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) no Brasil projetou colheita de 123,5 milhões de toneladas na safra 2019/20, com base na linha de tendência histórica de rendimentos no País.
O escritório projeta área plantada de 36,8 milhões de hectares, ante 36,2 milhões de hectares em 2018/19, citando preços atrativos para a soja nos últimos meses devido ao dólar forte ante o real. “O ritmo atrasado de plantio não deve afetar significativamente o cronograma da colheita, com a primeira soja colhida pronta para embarcar em janeiro”, disse o adido.
A previsão é de exportações do Brasil de 75 milhões de toneladas na temporada 2019/20, ante 73 milhões de toneladas no ciclo 2018/19.
Ainda conforme o adido, a expansão da área no Brasil poderia ter sido maior se o mercado local acreditasse que o consumo global de soja seria maior, mas persiste a preocupação com a redução da demanda chinesa devido à disseminação da febre suína africana (ASF).
O escritório destaca ainda que produtores brasileiros estão acompanhando a possibilidade de acordo entre os Estados Unidos e a China. “Produtores estão cientes de que é quase certo que um acordo comercial entre Washington e Pequim diminua as exportações do Brasil e exerça pressão de queda sobre os preços da soja no País.”
Entretanto, conforme o adido, a reação inicial no mercado brasileiro à fase 1 do acordo comercial EUA-China foi pouco expressiva, apesar dos relatos de que o acordo inclui uma promessa da China de comprar de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões em produtos agrícolas dos EUA em dois anos, em comparação com US$ 24 bilhões em compras antes do início da disputa comercial.